sábado, 9 de julho de 2011


Comigo,
bentas lágrimas,
alvoroço de vida
era a página de um livro
a letra no encaixe do enredo
era Izaías
''nalguma" curva do verso
tombado nos tendões da memória

e o sonho
a voz tua que faço
teus passos vindo como presságio
o brinquedo e minhas tranças nas costas

e eu só quero ouvir tua música
o mensageiro ainda tarda
pego a senha e o santo
estendo a carcaça até a ponte
então lá vem Izaías
na mão que me lê
no fundo duma concha

as palavras do livro
em seus postos de combate
correndo até você
nos destinos de um massacre
Onze anos e teu silencio

era Izaías
minha utopia que sangra.