sábado, 17 de dezembro de 2011

da raiva peregrina ambulante nas feridas
do pó, da cegueira, dos soberbos engravatados
deposita mais um pouco da tua arrogância em minhas ruínas
e veja se a platéia estufa o peito na curva
satisfaça minhas correntes e aponte dedos em minha direção
apareça em todos os lugares e tenha oito minutos heroicos
vá depressa enquanto abaixo-me no tiroteio
tenho todo cuidado com o suor que escorre
e diminui meu tamanho
abrindo o seu mundo que agora boceja
não os culpo por toda calda espessa
tenho um buraco no asfalto
e a parte da vida que respira.