sábado, 9 de janeiro de 2016

Sobre nós

Gosto quando deitamos e confundimos as músicas com nossas próprias histórias. E enquanto toda a gente lá fora se debate em suas rotinas, ficamos no quarto, dentro de um poema ou música,num carinho que carece morada e só cabe nós dois. 
Gosto da descarga elétrica sutil que nos invade no meio de um beijo ou cafuné, um choque igualando os corpos na mesma sintonia. Por isso, fico. E gosto cada dia mais do emaranhado de fios que começamos e tecer, carinho amalucado que alterna dengo com tapas. (Risos)
Fico porque vejo que ainda conseguimos encontrar no pior momento de nossas vidas a calmaria de estar começando a caminhar ao lado de quem nos quer bem. 
Repara bem no que digo:
Fico. Que é pra construir afeto, que é pra aprender a esquecer aqueles que um dia nos fizeram tão mal. Estendo sob tuas pernas uma ponte. (Por isso, passa pro lado de cá da vida). Cobre de paz e recomeço tuas mãos e entrelaça nas minhas. (Há muito além de nossos corpos enfraquecidos pelos beliscões doídos de amores passados).
Assim, inauguramos os ventos que nos impulsionarão como nuvem. Sem amarras, medos ou culpas, voamos...Livres e sempre adiante.