sábado, 2 de abril de 2016

Poé-mãe

Meu parto
é natural...
Sangro
em versos
Às vezes aborto amores
pra não gerar feridas
mais profundas
Mas,amamento
as crias da esperança
(líquido fresco)

Meu poema é maternal
porquê,toda inspiração
tem um "quê" de mãe

Uma estrofe
é um filho adolescente
Um verbo
é um nascimento
(que a gente nasce junto)

Ensino minha prole a andar
E fico orgulhosa ao ver
as palavras correrem soltas
Sou uma mãe boba,
deixo a poesia
em rédeas frouxas
Aceito o ditado:
Não criamos os filhos-poemas
pra nós...
A poesia é do mundo.