sexta-feira, 27 de março de 2009
A pé
A casa auto denomina-se avenida Brasil
É embaralhar veicular
Abrem olhos sonolentos
Jorro planos de um futuro presente
A lentidão dos carros parece aproximar minhas idéias
Sintonizo passo a passo, saio de mim,vou a pé
As manhãs me servem de auto-ajuda
Bisbilhoto a insatisfação alheia
Ouço morro a cada parada solicitada
Me livro da porta de acrílico a cada manhã destas
Ouço paisagens com novos tatos
Os olhos cansados do vôo do tal sistema incompreendido...
As mãos frenéticas sob o volante, impotentes ao rio de máquinas e motores
Do elevado vejo o prédio laranja, chupando o fluxo do sistema anti-social
Vejo sem muito interesse a Central do relógio arredio...passos de mil...
Daqui vejo as costas da Candelária...
Viro a direita,
A porta de acrílico tem seus dias contados...
Minha parada é implorada,
Vou para novos dias
Ando em mim e me levo comigo aonde eu for.
Nat.