domingo, 9 de maio de 2010














Por trás das mãos,
Dados e combinações
Damas de copas encontrando-se no submundo
Batalha sob a mesa antiga
Cartas/morte saltam dos dedos mumificados

Minhas cartas disfarçando tuas jogadas medíocres
Cartas, que tu ingênuo chama de estado atroz...

Parecem-me erros de um estado delinqüente
Quando jogam as cartas e a poeira me sobe aos poros
Os homens na mesa não sabiam o que havia atrás das costas
Esqueceram que lá havia uma revolta guardada por um triz

Colei as cartas com a língua
Sem identificar se nelas moravam versos ou acrobacias de naipes
Nas mãos, um isqueiro queimando tuas jogadas de mestre
Nenhum valete foi poupado...

Este jogo tem outro enredo, um ninar sombrio
Implorando partidas e um punhado de verdade.