sábado, 1 de maio de 2010

Do que escorre no Atlântico















Até que o mar desconstrua o tempo
Simples e pleno até a ponta
De meu livramento
Pacífico

Até que meus versos exóticos
Deserdem as conchas
De teu passado
Índico

Quando essas poesias diluídas
Em sal e neve
Arrepiarem o diabo de teus pêlos
Árticos

Quando as águas formarem
Taças de sucos gástricos
E os garçons lhes servirem em vaginas
De oceanos glaciais Antárticos

Mesmo que ondas sejam ocas
Escondidas em marolas
De bebidas alucinógenas e poças quentes
Denominarei meu Atlântico:
...

Marés em lágrimas suicidas.


Poesia feita para o blog: http://ilusionistasdoverbo.blogspot.com/