quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Coroa do Diabo

















Há tempos não visitava este lugar


Espécie maluca dum ponto de partida gasto e enferrujado


Eis que mastigo minha hóstia como num lugar sagrado-poético


Minha cidade é uma tela e os moradores são dedos


Minha respiração dissipa em explosões de letras cotidianas


Moradia de temores novos em antigos ensaios


Em mim, cambalhotas de espaços e abraços que já não sabem a idade que tenho...


Troco versos e farpas com anjos por desconhecer caretas e dragões da eternidade


Sei bem das linhas de chegada


Minhas poesias são constelações de homens embaraçados


E minhas estrofes guardam as chaves que equilibram esta guerra.