Há tempos não visitava este lugar
Espécie maluca dum ponto de partida gasto e enferrujado
Eis que mastigo minha hóstia como num lugar sagrado-poético
Minha cidade é uma tela e os moradores são dedos
Minha respiração dissipa em explosões de letras cotidianas
Moradia de temores novos em antigos ensaios
Em mim, cambalhotas de espaços e abraços que já não sabem a idade que tenho...
Troco versos e farpas com anjos por desconhecer caretas e dragões da eternidade
Sei bem das linhas de chegada
Minhas poesias são constelações de homens embaraçados
E minhas estrofes guardam as chaves que equilibram esta guerra.