O choro dos secos
ditará a sentença dos náufragos imorais
como este barco rompendo os contornos das espumas
e na espera do cansaço sacio a sede em meio a caixas de lixo
exilado na habitual deglutição das cordas da garganta
banharei-me num alambique
ali, os pesadelos serão os clandestinos embaciados...
cambalearei no leito das manchas da renúncia
e nua, tatuarei na púbis o que o mar me nega
pelos seios, serei pescada nas redes da fúria
pela estupidez farei dum anzol a forca da cópula
na secura que um dia me afogastes.