Gostaria de atravessar a casa, a rua,
o tempo e o canhão de flor.
Rasgar essa folha
pendurar na parede,
no cabide,
no espelho,
desdobrar as roupas,
jogar no chão e deitar...
Me embrulhar,emaranhar nos fios de cabelo,
de linho,
e de alta tensão
Onde se esconde aquele pedaço
de flor, de bolo, de juventude?
Onde eu vim parar?
O dia está tão estranho...
Azia, fúria, cansaço,
formigamento, falta de cor.
(Começou a chover, na casa, há um rio inteiro de mim).
https://www.youtube.com/watch?v=9yJWntQYMQI
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