segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Tire Sua Mágoa de Cima de Mim
Segui teu rumo destro
Um desespero em recanto de angústia
Pensava em teus braços explodindo entre os dedos
Tuas mãos tornaram-se estranhos elementos
Tire sua mágoa de cima de mim
As linhas desaparecem de dentro do peito
Afasto meus olhos para apagar de vez
Cruzo raízes na tentativa de recolonizar outros afetos
Preciso te arrancar de mim enquanto os joelhos choram
Está em meu papel, por vezes me pergunto se realmente sentiu
Constato teu olhar sobre mim como quem aprecia uma farsa
Não calo a voz do corpo sabendo que as palavras me entopem
Sumo de tua incompreensão
As feridas alertam toda figura em mim
Apago poemas, confissões e planos
Deito minhas vontades zerando todo o passado.