Pelas bordas, abro as veias...
Em teu pescoço, correntes sanguineas bem movimentadas
Com seus meninos jogando bola a beira mar
E senhorinhas puritanas sentadas em grandes poltronas antigas
As mães amornando suas mamadeiras enquanto quase sempre seus bebês morrem...
Em todas as veias ruas imaginárias do mundo inteiro e
histórias traçadas com afinco no caos que de ti escorre
Suas partículas que crescem sem chuva
Num ritmo da dança de super-heroís reais
Volto pra teus coágulos deixados nas estações...
Encontro picos de insanidade
Nuvens cinzentas cruzam teus becos, tuas esquinas vermelhas...
Aos poucos, libertam-se de suas cavidades veículos envenenados
Aonde posso ver a nocividade nos olhos alheios
Findo-me. Sento-me à beira da saída. Corto as veias com mais verdade.