Apenas minha boca neste corpo apertado de saudades
A buscar um pouco de abraço dos teus braços graves e tristes...
E estes lábios descarnados a morder quem me beija
Na loucura humana da garganta
Das tuas pontes moribundas e redimidas
...
Tombo assim em teus olhos as mãos calejadas de sonhos
Noutras ilusões desmanchadas pelo tempo
Evaporando-me em álcool distante do verso sob as caravelas da taça de vinho
E ao beber-me de gole em gole
A boca silencia o acordo entre a desgraça e a sede.