Eis que, no espasmo, imagino o manifesto do verso. Beijo
segunda-feira na testa. Teu cheirinho pulando de dentro da caixa. Meus poros na
tua voz mansa. Impulsiono o poema pra um canto mais arejado. Teu nome caindo no
chuveiro, tuas mãos me apertando no capitulo do livro, teu olhar confiscado
numa tela. Meu mapa nas tuas coxas, marco de saudade. Do outro lado da rua, vou
ao teu mundo, que sob medida encaixa-se em meu ponto de partida: recomeço. Meu
aniversário: teu beijo. Eletricidade no caminho das letras.