domingo, 3 de março de 2013


Mara lava o rosto. Trovões enfurecidos. Somos três- himens de ferrugem. Minha mãe é míope, não soube decodificar infância. A matriarca interage com as bitucas de cigarro.  Embaralho o útero de Mara: nasço do avesso. Seu patrimônio de casas remendadas, Mara é minha filha- Nossas culpas juntas. Deus cuida da tua pólvora mulher! Agendo tua paz pra daqui nove meses, quem sabe, teu egoísmo gere milagre. Tua casa e teus demônios já são outros. Lamento ser tão desgarrada. Manobro em meio a minha origem, tua barriga me gerou de sete dias, crescerei de novo, no teu ventre ou serei arrotada numa bebedeira tua. Teus peitos foram confiscados por terroristas e eu já não pude me alimentar. Teu amor entrevou no caos querida mãe. Teus afetos de tão mecânicos sobrevoam meu pesar.

Douglas na esfera do umbigo. Pequeno homem tirando Xerox do corpo. Estado físico da vertigem em minha agonia. Signo de câncer; vida e morte num cometa de tristeza. Emito esperança, entrelaço minhas veias na tua medula. Minha imaginação encontra a cura.

Noélle me eclode em música. Pequena lilás, serelepe me dá todas as manhãs capas coloridas.Saias rodando nos sorrisos, a mãe de Sophie que está pra chegar. Sopro teu pousar com a experiência dos anos.Nosso amor é liquido e teu jardim perto.Procuramos uma pela outra em nossas alegorias desenhadas.

Irradiações consanguíneas disparam o grito.