Mara lava o rosto. Trovões enfurecidos. Somos três- himens de
ferrugem. Minha mãe é míope, não soube decodificar infância. A matriarca interage
com as bitucas de cigarro. Embaralho o
útero de Mara: nasço do avesso. Seu patrimônio de casas remendadas, Mara é minha
filha- Nossas culpas juntas. Deus cuida da tua pólvora mulher! Agendo tua paz
pra daqui nove meses, quem sabe, teu egoísmo gere milagre. Tua casa e teus demônios
já são outros. Lamento ser tão desgarrada. Manobro em meio a minha origem, tua
barriga me gerou de sete dias, crescerei de novo, no teu ventre ou serei
arrotada numa bebedeira tua. Teus peitos foram confiscados por terroristas e eu
já não pude me alimentar. Teu amor entrevou no caos querida mãe. Teus afetos de
tão mecânicos sobrevoam meu pesar.
Douglas na esfera do umbigo. Pequeno homem tirando Xerox do
corpo. Estado físico da vertigem em minha agonia. Signo de câncer; vida e morte
num cometa de tristeza. Emito esperança, entrelaço minhas veias na tua medula. Minha
imaginação encontra a cura.
Noélle me eclode em música. Pequena lilás, serelepe me dá todas
as manhãs capas coloridas.Saias rodando nos sorrisos, a mãe de Sophie que está
pra chegar. Sopro teu pousar com a experiência dos anos.Nosso amor é liquido e
teu jardim perto.Procuramos uma pela outra em nossas alegorias desenhadas.
Irradiações consanguíneas disparam o grito.