Alice suspira a piedade do mundo. Tinha o corpo trêmulo não acostumado a viver. Ela aprendeu a rezar, e agora gosta de pedir.
O calor forma a linha de sua nuca dolorida. Antes de partir, ela fechou bem a porta. Havia uma inquietude morna quando cerrava os olhos. Um ciclo enjoado de sal e água.
A cama ainda desfeita e ela não sentia saudades. Nos corpos e entranhas, havia uma falta de transparência aguda. As mãos se repeliam como instrumentos errados. Nua, cobria-se da linguagem dos olhos. Uma muralha capaz de sorrir de dentro. Não compreendia muito das coisas, acredita ser o destino um evento predestinado. E não havia lugar melhor, todas as suas construções eram condenadas e abandonadas.
-E quando você voltar vai me encontrar decaída, sem sal no mar do corpo, sem vapor, sem personagens. Os dedos gelados e úmidos, insone, gritando por algum nome. Talvez assim, acalmasse essa febre. Seria tudo pra você neste abrigo enquanto meu dia falece.
Sou uma escravidão.Uma lágrima estéril.
Aborto meus gritos.