terça-feira, 11 de agosto de 2009

Estático














Tão inesperado, e eu descobria todo meu esforço
Gostaria de ninar sua apatia
Teu sono canta minha fúria
Estático, sobrevivendo ao jejum de almas
Queria mesmo dormir em teu sorriso
A canção nina, mas não te absorve
Esta filosofia te sufoca
Queria que fosses faminto de tu mesmo
E que gritasse a loucura pra fora
Quando você volta, nossas conversas são fortes, profundas e verdadeiras
Uma cumplicidade, um carinho absoluto
Então, te perco todos os dias para morte-vida em leito
Sempre vou reparar teu melhor
Tem dias que sinto ter te gerado em meu ventre
Dissolvo de uma paciência por vezes quase nula
Nem relógio, nem íris, nem cor
Teu amor é surdo
Vegeta como órfão
Te perco para silencio e agonia
Observo tua queda sobrando-me passos
Queria ser tua sombra pra esconder tuas dores
Este teu chão agnóstico
Ultrapassa os conceitos imaginados
Alucinógeno, interrompido
Dos meus bolsos seguem todos os dias as tentativas do teu despejo
Desde ontem, minha alma quer reconhecê-lo
Em toda fluidez há volta
E eu aqui gritando que há mais vida além de teus devaneios.