quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Putas e poesia
Putas e poesias
Por cima, toda água sem fervura
Perguntará de meus dias escuros
Perseguirei tua moeda gasta
A vagina tem versos e ossos
Nos seios, sangue dos poetas
As coxas alinham prosas e dentes
Escreve em minha cintura: Ana
Eu- fêmea a venda
Logo saberá meu preço
Invento a virgindade nos olhos
Aumento a ereção de meu comprador
Nua,palpável. Afagando tua cama de livros
Esgoto teu ardor lírico
Escreve em teu cheque: Eliane
Não respeito a identidade das estrofes
Abafo minha caça
Talvez, pergunte quanto cobra
A mim, cabe comprar dois corpos quentes
Como sem sal e a olho nu duas putas poéticas
Inibo o pudor, dou lugar ao arsenal antigo
Acaso Deus permite mais uma puta nesta poesia?
Escreve então, em teu orgasmo verbal: Natacia.