sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Povoado de Versos e Sonhos
A onda apontando
Pra buscar teu colorido
Correntes e laricas de festa
Um quintal lotado de Ipanema
E se hoje é sexta-feira, a boca aguarda o frio na barriga
E o corpo pede música, quer cantar a noite toda
Noite pro papel morder as ruas
É quando as pedras derrubam as imperfeições
E nós violamos o asfalto quente...
A poesia em desespero quer vagar nas horas...
As casas que fotografo são cheias de cor
Vivas e sorrindo umedecidas das águas deste canto entranhado
Hoje tem Rio no meu céu
Brota uma euforia que invade
A cada bairro, um povoado de versos e sonhos
O gosto de chopp que salta da língua
Dedilhando a magia barulhenta da avenida Rio branco
As portas se abrem todas na mesma hora
Através da água, sai o povo pra expiar o vento
Fazemos de nossos pés uma substancia orgânica
Brincando com nossa identidade-samba
Pra saber de longe o certo, que somos mesmo instantaneamente livres
Saímos descarados empalhando nossas buzinas e carros
Pulamos pelas janelas tomados de alegria
Tudo demais já que hoje a intensidade faz sentido.