domingo, 26 de maio de 2013

Da tua barba o cheiro de uma saudade camuflada em minhas pequenas argumentações. O cheiro antigo de um mago terno. Escrevo um “C” nas minhas coxas, você o vem buscar.
É teu, de tuas mãos, ordem e posse. (Pega.)
Desabotoado de calendários, os botões estiram-se no chão, os botões partem-se feito fruta de temporada, alongam-se em nossas costas arranhadas de sal. Teu líquido marítimo deságua em meus pequenos beijos, e a saliva temperando de veneno as línguas desavisadas.
Minhas gavetas desmembrando o que enterramos nas folhas enquanto os corpos confundem-se nas ondas do Guandu.
Meu mago terno me pede um poema, escrevo em minha nuca todas as linhas.
...

(O poema está em tuas mãos.Pega.)