Da tua barba o cheiro de uma saudade camuflada em minhas
pequenas argumentações. O cheiro antigo de um mago terno. Escrevo um “C” nas minhas
coxas, você o vem buscar.
É teu, de tuas mãos, ordem e posse. (Pega.)
Desabotoado de calendários, os botões estiram-se no chão, os
botões partem-se feito fruta de temporada, alongam-se em nossas costas
arranhadas de sal. Teu líquido marítimo deságua em meus pequenos beijos, e a
saliva temperando de veneno as línguas desavisadas.
Minhas gavetas desmembrando o que enterramos nas folhas
enquanto os corpos confundem-se nas ondas do Guandu.
Meu mago terno me pede um poema, escrevo em minha nuca todas
as linhas.
...
(O poema está em tuas mãos.Pega.)