
Rebruscamento de cores multiplas...
Pobre destino da moça vadia...
Rebruscamento do que quer que seja...
Ainda assim pobre destino da moça vadia...
Olhava pro nada como quem observa latejantes ondas...
E disse Deus...já não tem mais voltas ou recomeços...porque esse é o triste fim da moça vadia...
-Moça vadia...disse Deus... entregar seu corpo a Deus e ao Diabo é fornicar com os dominios de céu e inferno...
Pobre destino da moça vadia....
Comia tulipas rosas esverdeadas...e dançava o maracatu do Seol...
Suor a cair na face...
Face molhada de suor...
Rebruscamento de cores multiplas...
E os anjos entoam as melodias: Este...é o fim da moça vadia...
E o coro fortalece: Rebruscamento do que quer que seja....
E os passos aceleram da moça vadia...e dança...e gira...e não para...
E da face marcada suada...
ainda assim permanece o maracatu do Seol...
Pobre moça vadia...concepção e julgamento de nós soberanos grandes...
Julgamento de quem olha...e vê...e avalia...cada detalhe...para susurrar no grito forte:
Matem a moça vadia!!!
E depois chorar com pose de quem faz bonito...e gritar em susurro:
Pobre moça vadia!
Natacia Araújo.