segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ventre poesia





















As palavras embruteceram em ruídos
Acordo para o avesso
Minhas vontades são suplícios discretos
E minha alma repara toda a fuga com ansiedade
Mordendo as expectativas o corpo acorda da noite
Todos os indícios do lugar imposto
Delato meus poemas
E revolto a causa da morte
Irrompendo o papel do corpo rasgado
Entrego-me aos versos ausentes
Hoje o ventre poesia está ressecado
Amputaram-me a estupidez necessária
Minhas veias contaminaram-se de uma maturidade perversa
Sabedoria adulterada contra o desejo do corpo.