quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lágrima Decadente

Por entre sertões, descobriu a lágrima mais humana brotando uma espécie de nostalgia.Apenas o arrepio por cima do telhado em direção a queda.Escrevia uma insanidade vulgar. As palavras mais bonitas permaneceram nas sarjetas.Umas incoerências perdidas, cheias de vida por fazer. Seco, construindo traços vazios rumo ao caminho de volta.O rancor, sorrateiro invadiu o que havia por baixo do tapete, arrastando por entre as solas dos pés um ranger acumulado de verdades e promessas.O tanto deixou de ser o bastante diante da ilimitada fluidez de todas as outras existências.Vaguei no alívio de um grito. E este corpo antigo produziu uma decadente distancia entre o vazio e a lágrima que pesa.