sábado, 26 de fevereiro de 2011




















Atingiu o dorço braçal
Leu uma, duas vezes sua poesia barata
Caprichou nas rimas
Escondeu os erros
Engoliu a seco
Regurgitou uma matéria salivante
Um pouco espumosa
Saíram duas estrofes incompletas, encruadas de nervos verbais
Descarnou do pouco que tinha
Faltou-lhe essência dialética
Não lucrou com nenhum poema
Inspirou-se na míngua prosopopéia de um insône criador
Bebeu do tédio salubre
Engasgou-se com o desfecho...
Nasceu para ser só, poeta intraduzível
Ignorante e imerso em sua própria arte
Filho dum processo criativo medonho
Mediocridade é seu nome
Passo sem retorno
Afluente das águas revoltas em si mesmo
Morreu Antonieta esfinge envolta em sangue
Sociopata em seus poemas
Sufocou de lisergia reconfortante



Morreu José para a poesia...