quinta-feira, 14 de maio de 2009

CAPETAlismo
















Amanhece no sistema
O chão é de infinitudes amarelas, regadas a chá de coca e pratos quadrados
O chão cabe na palma da mão do que se eleva
Adentro, compro-vendo
E regem eles em suas artimanhas
Cuspindo tributos
Dar à Cézar o que é de Cézar?

Deixai vir a mim as criancinhas para que seus ventres ocos ronquem por pão
Pai nosso que estás no céu...teu reino é de difícil acesso, já não cabem fretes dos jatos do governo que nos façam chegar a ti
Santo cálice do planalto, este é o sangue do povo, bebei em virtude do fim
Amai portanto, o próximo como se essa, nunca fosse a sua vez

Os cães mordem a beirada das expectativas
Rasgam as preces dos que tem frio
E lambem o sal dos olhos miseráveis
O chão corre rumo aos passos
Qual a direção dos pés que definham?
Enviem pois, cordas para seus pescoços
E lancem mãos à escravidão contemporânea

Matem as mémorias dos fracassos vergonhosos
E driblem a realidade da prepotência
Vamos todos parir filhos da américa e morar no sonho da terra alheia
Chupar as mangas da mesa provisória e ludibriar a semente abandonada
Reunindo a fé precária em cristo,igreja e dízimo vamos fazer fortuna em ruas de ouro do paraíso...
Dopar toda a sensibilidade e intelectualidade na tela de uma TV
Colorir os fios e veias da grande conspiração do ego...

Vida longa ao progresso decadente.