quarta-feira, 1 de junho de 2011


Sei das vozes a dez quilômetros da liberdade

tamborilando despudoradamente a respiração do ombro da terra

na dança, lágrimas fundas do Atlântico

amparando a solidão gestual que alcança o mundo

esta seria a hora de regressar com música aos espelhos

de agarrar o vento nas labaredas dos ouvidos

direcionar a força dos pulmões

produzir a mecânica mística dos pés

e em atrito ao solo inflamar-se e semear

as vibrações convulsivas das bandeiras que içastes.