sábado, 16 de abril de 2016

Sou mulher
o Estado me alimenta
em inanição
Meus peitos secam
protesto em ebulição
Nasci serva,
Curvas e quadris
Meu órgão curva
Babilônia em seus ardis
Alexandre o Grande adentra
Meu voto não penetra
Só sou pequena
Blues seco sem gozo
Lamento em impotência
o órgão não firma
Ondas cínicas
do caos
Músculos murchando como ondas
No vai e vem
da areia:
Água salgada
minhas lágrimas
e Céu-mar