sábado, 16 de abril de 2016

Tô saindo de casa...
Molho minha infância porque
Espero tropeçar nas pernas
[... de um futuro mais menino
Aquele pedaço de manga
que os beiços chupam
e flutuam
no espatifar das águas
que o doce mela

braços queimados do sol
 e eu sou todo meia lua
chiclete de maçã
sacolé de uva
minha mãe
é Oxum
mas,
tenho as águas
do sertão

 e se,
chovo no molhado
 é pra fazer cordel
das traquinagens suburbanas
do amanhã
tô fazendo reza ...

benzedeira
mandou chamar
pula corda nas feridas
dá água que escorre de lá.

(Texto produzido para a página Ilusionistas do Verbo)