sábado, 14 de maio de 2016

Livor Mortis


O edifício deste corpo
abriga nova guerra
Me vem um trem vazio
(cheiro de fumaça)
atravessando 
os cômodos silenciosos

Este corpo
que é também minha jaula,
alimenta minhas feras
(Estou sem custódia)

Confuso, fecundo o delírio
Sou pai 
Da carcaça humana
Que Re[alimenta]
A cansada máquina de tentativas.




Poema feito para a página ilusionistas do verbo
Arte: Paulo Alonso