segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Corrente Suspensa


Ele ama o vento
Tem o cheiro da verdade profana
Confunde meu espaço
Somos língua e dentes
Reconhecemos este verso
Transmitimos nossos pensamentos
Ao som de uma aula qualquer, brindamos em descaramento
Somos um par de poesias de Cordel
Moramos na voz de Roberta Sá e dançamos com Chico
Dois boêmios nascidos ao avesso dos tempos
Nos sorrisos um só compasso
As veias de tua poesia insana dão razão ao meu barato
Ele não tem precedente, nasceu hoje e renasce amanhã
Os braços dados em uma corrente suspensa
Espalhamos nossos pertences desejando apenas o que cabe entre as mãos
Ilusionistas do verbo
Juntos a poesia inflama-se de alegria.