domingo, 13 de setembro de 2009

Renasce a Poesia


















Teci a noite em seus olhos
Arrepios e beijos familiares de um gosto que nunca muda
Um iminente reencontro de bocas e mãos
Lembramos o carinho desmaiando sob a cama
Lençóis quentes e posições estreitas
Nem o tempo desmancha estes sinais escancarados

Rastro de desejos achados
Teus braços sóbrios e tuas pernas fixas como em ensinamento
Teu cheiro absorvido em meus novos versos
Meu mago terno sempre aqui e ali
Ninando e me levando pra perto
Minha natureza agora é teu colo

Teu nome na palma da mão trouxe nova esperança
Nosso perdão foi mútuo
Esta noite durmo em você enquanto você desperta em mim
Enamoro tua chegada com a serenidade de outrora
E a poesia renasce de um evento inesperado
Nosso instante foi supremo

Participei de suores precipitados e você aqui do meu lado
O café guardado entre as gavetas e o passado
O amor trancado e faminto
O amor está livre
Reinvento teus olhos pra perto
Invoco, danço

Atravesso as atmosferas adormecidas
Meus pés choram quem quase perdi
Minha fome busca a tua
Quando inquieta, tu me acalmas
Escuto em teu peito o traçar de novas expectativas
Nosso amor levanta-se como prece.