quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Outra vez Maria

Prometi nunca mais me casar. Legítimos os personagens, cínicas aspas.Estático e sem honrarias. De véu e grinalda,aliança em punho. Promessas e artérias no varal vizinho, dedos calejados nos beliscões doídos da vida sem platéia.Organizei dez leis, minhas roupas e voluntariosas cicatrizes das tantas mágoas.Mão única,alívio para os pés. Meus olhos tão de perto vesguinhos no teu corpo, teu corpo envergando nos olhos, mau olhado, amuletos então Maria,quinquilharias, aço e teu adorno de pescoço serão meus braços Maria.
Acabou a folia, guarda então teus anjos de costas Maria! Que é pra agilizar o enxame de abelhas no pão que o diabo amassou, que é pra cessar fogo, permitir o digno recuo, confundir a descida das tuas rebeldes lágrimas,deixar todo esse ciúme de quarentena por falta de provas. Ódio,curto pavio, deixa tudo quieto, sensação desmemoriada. Meus cabelos alongam norte-sul em teus olhinhos vesguinhos Maria. Inventamos a vírgula atenta o pedaço solto em ascensão.
Exaustas tentativas, quis o destino estar contigo Maria.