quarta-feira, 22 de julho de 2009

Doze

















Saio desnaturada, através do suor universal
Tomo goles das poças de chuva
Lava e concede a identidade de meus ossos
Quero canção dos que tocam e deixam
A lei rege uma imaturidade que não quer crescer
Visito ironias e contesto vontades alucinadas
Na varanda, correntes elétricas de boas lembranças

A loucura é nossa
Não retrocedemos nossas origens
Pó e uma felicidade calorosa
Travessos e deliberadamente verbos soltos
Brincamos com a fome por versos
Estaríamos únicos e inteiros
Aproveitando o trago de vida nas mãos

Bêbados ou não, o que escrevemos é o entendimento das almas
Doze corações afoitos
Nosso caos é antigo
Bebedeira desmistificada em nossos sorrisos
Faço pintura de nossas utopias
Persuadimos dias de semana transformando-os em feriados
Estes pés inquietos nos povoam

A poesia invade nossa casa
Nossa intensidade colorida
A construção é imediata
Construam os poetas!
Tem dias em que se prefere ficar com nossas fugas libertinas
Somos nossos...A grande alternativa de um futuro grávido
Irremediavelmente coletivo espasmo de ternura.