domingo, 12 de julho de 2009
Mediar e adiar
Medo do futuro
Ainda preciso enxergar em teus olhos
Tua prece legítima e eu escolhi a mediocridade
Não nego meu tempo, mas quebro minhas certezas.
Desisto, escolho o extremo
Gostaria de sentir encaixar um no mundo do outro, o suor das horas
Transbordo errado
O medo me analisa-paralisa
Nunca me basta, uma felicidade que nunca é
Minhas mãos por vezes são acomodadas demais para massagear um coração
Racionalidade avessa
Não fugi tanto assim, é preciso estar limpo pra deixar entrar amor
A realidade me remove (me renove?)
A fuga alimenta meu declínio
Mediar e adiar
Antes de legitimar culpados, deixe o que não interessa
Sobrevivência estagnada em versos
Nossas escolhas virtuais frustrantes
Sabedoria inútil quando se quer pintar a boca de mel
Acordo, quem dorme agora é o tempo
O medo se apavora porque preciso continuar queimando.