Admito teus olhos traduzindo meus verbos frágeis
Contornando minhas caladas restrições
Desequilíbrios ditando nossas ruas imaginárias
Teu cheiro imaturo
Latente vontade de minhas frestas agitadas
Abstraindo sem perceber
Preenchendo a espera árdua do prazer
Esta chaga inofensiva que entranha
Numa corrente imune de orações
Tua boca que mal conheço ronda como saudade crua
Vou visitar a língua com meus próprios versos.