terça-feira, 21 de julho de 2009
Sexo ateu
Os passos prostituídos
Ensanguentados esperando o futuro
Sêmens embriagados entranhados na vagina do céu
Qualquer Lúcia reinventa seu nome
Todos os ardis têm preço
A língua reconhece textura e imaginação
O ventre permanece nu, curioso e atrevido
Sexo ateu
Unhas aperfeiçoam cada orgasmo
Através do gosto, uma língua
Transo com o alimento das estradas deste corpo
Fecundando cada curva
Carícias sob o teto
Sal para todas as erupções
Os prédios enlouquecidos fazem amor
Invada, submerso em gozo
Engula, adentre
Umedecendo os sentidos
Afluentes de meus quadris
Dou-te o corpo, sexo que sangra em flores
Um leito respirando ritmicamente
Vadia concepção da clausura entre os dentes.