sábado, 11 de junho de 2016

Encontro outro nome. Sei que, com porradas, apanho peixes ou descubro o mar. Dói, sentir a queda sem prévio aviso. Um dia, em cantos brancos, escrevi poemas, dediquei amor. Fiz reza baixinha,denominei Cecília,inventei molinhas pra um encanto que nunca foi amor.
Amor, não mente, não fere,não engana, até um pequenino sabe, amor é troca, empatia,olhar o outro dormindo e descobrir a cura,fazer planos,ser leal, mãos trançadas,poesia de manhã e música de tardinha. Amor seguido de pistola é um desperdício. Amar é amparo,ruínas que sabem construir dinastias, beijo molhado que a gente não consegue decifrar, ofício sem equívocos,carinho ambíguo, agudo como um grito,manso e sem lacunas. Amor sabe regressar, sem mochilas, olhando no olho, assinando recomeço de próprio punho sempre que precisar. Amor recupera cada trecho, não importando o hiato de meses ou anos, porque amor multiplica e sabe voltar forte,não covarde,não egoísta... Amor doa,amor quebra o muro,tem febre e mil asas pra um mesmo sonho. É incômodo,combustível e improviso, mas nunca silêncio,nunca medo. Amar deixa o corpo dolorido,mas sobe ou desce a rua com os pés descalços,contudo,sempre honestos. É curativo, e é bússola pra quem não precisa de cartografias. É uma vocação intuitiva na esquina do mundo,você simplesmente ama.  Amor sustenta um livro,um pássaro ou um tufão.
Um dia, eu quis esse amor... Amor de reza baixinha.