sábado, 11 de junho de 2016

Zerar o passado dava medo. Pessoas ruins passam, juro que passam. Uma era brasa azul e a outra negra, mas elas apagam,juro que apagam. Dava mesmo um medo graúdo, garanto que dava. Não sei quanto tempo dura o suspiro só sei que choro,chorei mesmo, admito.  E ele me responde como um desafio. Até a chuva aqui, agora, coagula, mas dessangra a conta-gotas. E este som afiado e sinistro será recusado e calado ainda, juro. Engomo meus escombros, rompo no talo, redobro de forças dente por dente enquanto mordo as palavras encurraladas: Nunca mais!
Zerar o passado dava medo,juro...
(Mas, por medo não morro mais.)
Ai do seu talvez,nem mais minhas sobras,nem lugar em meus poemas ou história, dente a dente mordo as palavras "Nunca mais".
E sobre o que fica: Lição...
Pessoas ruins passam, juro que passam.