segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Nossa Casa















Plantações secas nos corredores
Janelas com culpas antigas
Portas e antigos quartos fechados
O chão continua estranho
Onde ficam guardadas suas velhas anotações?
A todo o momento espaços vazios no ar
Conheci os primeiros livros
Mas os olhos marejados só queriam de volta frestas e versos
Adiante, uma pequena caixa
Onde ficaram perdidos seus tremores
Naquela varanda, fez morada e oração
Os passos arrastados trazem primárias sensações
Em nossa casa aprendi a ascender às luzes
Mudar os móveis, deixar parir a tua luta impedida
Ontem, nossa casa te abraçou sem forças
Esta casa, ainda resgata teus pedaços sobre nós.