quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Terça





















De tanto tempo
Desvenda-se o último arrepio
Vegeto, sou mera continuidade
Sou o teu caso, nasci em acidente
Chora em meu colo feito menino
O passado volta a casa
Primeiro ato-
Enjoa-me com teus gemidos
Segundo ato-
Lambe a nostalgia dos dedos
Terceiro ato-
Há dias em que você necessita de provocações
Terminamos em uma terça cheia de canções repetidas
Cansei da tua vaidade
Desconstruo tuas posses
Soterrados morremos
Esvazio, me imponho
Fui cruel, preciso de saúde emocional
Os arrepios morrem de um dia para o outro
É hora de liberar a infelicidade triunfante.