domingo, 13 de março de 2016

Dueto

Com o fio da poesia transparente a nos unir
Rascunho dentro de nuvens
Do Atlântico cruzamos com o inesperado
Inflando a arte de azul
Na ponta do verso aponta a flecha
O olho é arco em alto-mar
O alvo a imensidão aberta
O sol se pondo na íris a tardar
Enquanto a noite engole o azul
Vermelho o amor dança na areia
Na fricção da pele
Estrofes marítimas
Não há rima
Mas há ritmo na liberdade das línguas
Manda chamar alguém que tenha as chaves ta tua caixa torácica
Alimentando as batidas dos próximos poemas que vir
Somando nossos pedacinhos úmidos nas estrofes
Águardendo nos poros subaquáticos de vida.
(Dueto com Rai Blue e Natacia Araújo para a página Ilusionistas do Verbo)