E depois de tanto tempo, eu tenho medo da morte outra vez.
Não estou pronta pra sua partida, suas velhas mãos ainda estão presas nas
minhas. Seus passos lentos e cuidadosos para não tropeçar nas pernas da saudade
ainda pisam neste chão. Talvez, eu deva orar baixinho, pedir que tua ausência
saiba ser presença em minha poesia. Eu escrevo, escrevo pra arrancar o nó que
sobe amargo na garganta e trança no choro que quase vem. Como se meus versos pudessem te trazer a
cura, como se cada estrofe fosse um amuleto. Eu sei...Eu sei... Está chegando a
hora. Partir... A partir das partes de nós que ficamos por aqui.