sábado, 5 de março de 2016

Microconto cotidiano

Não funcionou. Como quando a gente sai do cinema com a sensação de ter assistido a um filme sem sal. E eu já não sei a muito tempo viver de romance meia boca. É que eu preciso alimentar minha poesia com amores que queimam, saudade que sufoca e faz a gente querer gritar. Amor tem que tocar blues no estômago, arrepiar a nuca e fazer o tesão brotar só de ouvir a voz do outro em um telefonema às duas da manhã. Amor tem que ser danado, meio carinho afobado, meio verbo ritmado.
https://www.youtube.com/watch?v=TkD97-dBCo0